Intercâmbio Voluntário: voluntariando em uma fazenda de morangos na Coréia do Sul

Você já pensou em fazer um Intercâmbio Voluntário? Também chamado de Voluntariado? Bom, se você ainda não sabe exatamente do que se trata, basicamente é um intercâmbio no qual você troca horas do seu trabalho por hospedagem gratuita e muitas vezes alguns outros benefícios.

Se você quer saber um pouco mais sobre o assunto, tem um post todinho explicando sobre o voluntariado: Intercâmbio voluntário: viajando sem pagar hospedagem

PORQUE DECIDI FAZER UM VOLUNTARIADO

Optei pelo voluntariado após quase um ano de viagem pelo mundo, quando visitei a Coreia do Sul. Mas, desde muito antes de embarcar eu já tinha muita vontade de fazer um. Para economizar? também. Mas muito além de economizar, sempre quis ter essa experiência. E tirei ela do papel na Coreia do Sul.

E sim, a escolha de um voluntariado em um país caro como a Coreia é um alívio para o bolso. A hospedagem é cara, a alimentação é muito cara, apenas o transporte que acaba sendo em conta. Mas algumas semanas por lá podem fazer um estrago no seu bolso.

Então, juntei a fome com a vontade de comer, como diz o ditado. Juntei minha vontade de fazer um voluntariado com a oportunidade de economizar muito durante um mês na Coreia do Sul.

MAS, ANTES DE VIAJAR

Independente se sua viagem é para um voluntariado ou apenas para férias, você deve sempre sair do Brasil com um seguro viagem. Em alguns países é obrigatório, outros não, mas para todos sempre é muito recomendado.

Sabemos que imprevistos podem acontecer, e nesses casos, podem acabar com a sua viagem e ainda causar um grande estrago em seu bolso (sim, fora do Brasil tudo é muito caro). Além disso, o seguro ainda cobre despesas inesperadas, como extravio de bagagens e cancelamento de voos.

Se você vai viajar, não deixe se estar segurado. Eu viajo sempre com a Real Seguro Viagem. E com o cupom LUPORAI você ainda garante desconto no seu seguro.

UMA FAZENDA DE MORANGOS

Parece muito aleatório escolher voluntariar em uma fazenda de morangos, não é? E a ideia foi exatamente essa. E vou te falar que essa é a parte legal de escolher uma vaga: a de experimentar um mundo completamente diferente, de fazer algo que no seu dia a dia você não faz, e claro, de aprender sobre algo totalmente novo.

A vaga para a qual me candidatei, na cidade de Gimhae, foi para ajudar em uma fazenda de morangos e também entreter e ensinar crianças. Isso porque a fazenda faz um trabalho educativo e social com as crianças, então o trabalho se alternava entre um e outro.

COMO CONSEGUI ESSA VAGA

Para você fazer um voluntariado (não só na Coreia do Sul, mas no mundo todo), existe uma plataforma que conecta oportunidades com viajantes. Chama-se Worldpackers. É muito simples de navegar por ela, e você pode filtrar suas pesquisas por região ou por estilo de voluntariado que deseja fazer.

Existem vagas em hostels, vagas para trabalhar com mídias sociais, vagas para promover festas, vagas em fazendas… são muitas e as mais variadas. E no mundo inteiro.

Se você tem interesse, faz seu cadastro, que é anual. Durante um ano você pode fazer quantos voluntariados desejar. E se for se cadastrar, usa o cupom LUPORAI que ainda ganha 10 dólares de desconto.

NOSSA FUNÇÃO NO VOLUNTARIADO

Recebíamos a escala da semana e nela já sabíamos o que viria pela frente.

Na fazenda (que na verdade é uma estufa, não era grande) nossa função era com a plantação, às vezes colhendo morangos, às vezes arrancando folhinhas indesejadas das plantas, às vezes retirando as mudas. Eram trabalhos tranquilos que eu até considerava terapêutico.

Com as crianças, às vezes as recebíamos na fazenda e outras vezes íamos até centros comunitários (o que no Brasil seriam as creches). A principal ideia era interagir de uma forma divertida com elas, sempre com a temática da natureza e da fazenda, e assim fazer com que eles, além de terem esse contato com a natureza, aprendessem inglês de uma forma natural.

Para ilustrar um pouco de como era o trabalho com os pequenos, nós fazíamos brincadeiras, jogos, plantávamos com eles e também fazíamos aula de culinária, na qual eles faziam suas próprias pizzas de batata ou chips com chocolate. E vou contar que eles são muito fofos.

COMO FUNCIONAVA A ESCALA DE TRABALHO

No voluntariado, praticamente trabalhávamos 4 horas por dia, ou pela manhã, ou pela tarde. Quando trabalhávamos pela manhã era muito bom porque após o almoço já tínhamos o resto do dia livre. Quando era a tarde, geralmente as 17 horas estávamos de volta.

Tínhamos também dois dias de folga na semana, que eram intercalados e, geralmente, não eram nos finais de semana.

O QUE RECEBÍAMOS EM TROCA NO VOLUNTARIADO

Em troca dessas horas de trabalho nós recebíamos:

Hospedagem gratuita: a casa onde todos os voluntários ficam é pertinho da fazenda, e tem vários quartos compartilhados. Eu e o Jean tínhamos um quarto só para nós (tinha 3 camas, mas ficou só para nós), mas geralmente os quartos são compartilhados entre 3 a 4 voluntários cada.

Alimentação gratuita: recebíamos almoço todos os dias. O almoço era montado estilo buffet, sempre com bastante variedade e a típica comida caseira coreana. Os nossos hosts geralmente almoçavam junto.

Café da manha e jantar: não era servido, mas durante todo o dia tínhamos disponíveis café, cereal e pão. Além disso, nosso anfitrião (Sam) sempre deixava algumas coisas a mais para nós, como salgadinhos, às vezes comprava sorvete, às vezes comprava soju e cerveja, enfim, sempre tinham opções para alimentação à disposição.

Passeios: toda a semana Sam nos levava para um passeio ou uma atividade. No período em que estive lá ele nos levou para um churrasco coreano (e pagou para todos os voluntários), nos levou para um parque onde andamos com um quadriciclo em uma ferrovia desativada, sempre procurava nos proporcionar experiências locais.

Bicicletas: tínhamos algumas bicicletas à disposição. Não eram das melhores, mas quebravam o galho.

Carona na chegada: chegando em Gimhae Sam sempre vai buscar os voluntários na rodoviária ou em algum outro ponto da cidade.

Vale falar que nem todos os voluntariados oferecem tantos benefícios assim, é sempre bom olhar a descrição da vaga para saber exatamente o que você terá em troca.

Mesmo tendo visto toda a descrição, para mim, o meu voluntariado acabou oferecendo mais do que eu esperava, me surpreendi com a troca e com o cuidado dos anfitriões para com os voluntários.

VALEU A PENA?

A minha expectativa para um voluntariado na Coreia do Sul estava alta, e ao longo dos dias fui percebendo que realmente era isso que eu gostaria de fazer. Aquela vontade de ter experiências diferentes e autênticas que vinha desde muito antes do início da viagem não era a toa, parecia um chamado.

Os dias na fazenda “alinharam meus chacras”, ficava muito feliz sempre que trabalha com a terra, quando via as plantas crescendo e as frutas nascendo. Os dias com as crianças eram mais cansativos, mas ver os coreaninhos brincando fazia com que minha energia melhorasse.

Além disso, a troca com outros voluntários era tão rica, conheci mulheres incríveis, com histórias maravilhosas, aprendi muito da cultura de diversos países porque lá estavam voluntários dos mais variados lugares.

A interação do dia a dia era gostosa, todos estavam lá comprometidos como um time. Muitas noites nos reuníamos pra ver uma série ou filme, e a convivência foi harmoniosa.

Claro que não posso deixar de falar que, em uma experiência como essa, aprendi muito sobre a cultura coreana. Sobre o dia a dia, sobre a educação das crianças, sobre as comidas que eles gostam, o que bebem, suas opiniões e visão do mundo. Não teria isso em nenhuma viagem de férias normal.

E um plus, pra mim, que já estava a praticamente um ano viajando, esse um mês foi uma pausa para relaxar a cabeça. Quem viaja a muito tempo sabe que estar a todo o momento tomando decisões é extremamente cansativo.

Decidir a todo momento onde vai comer, o que vai comer, qual transporte pegar, que hotel reservar, como ir par a próxima cidade, etc, etc, etc… No voluntariado eu aproveitei esse descanso mental para me reenergizar.

FAZENDA, MAS NEM TANTO

Quando digo que o voluntariado foi em uma fazenda de morangos, provavelmente a ideia que vem à cabeça é um local afastado de tudo, cercado de verde para todos os lados, não é?

Pois bem, nesse caso nem tanto, a casa onde ficamos é perto de um café super charmoso, perto de um parque onde os coreanos jogam golf, fica também a uns 20 minutos caminhando de um mercado bem grande e a uns 30 minutos de caminhada de um shopping enorme, ao lado de um parque aquático.

Pegando o ônibus, em 20 minutos você está no centro da cidade, que tem muitos comércios, feira de rua, lugares históricos, museus e templos.

Ou seja, não estávamos isolados do mundo em uma fazenda.

PLANOS PARA OUTROS VOLUNTARIADOS?

Eu realmente achei que a experiência do voluntariado foi gratificante em todos os sentidos, e, claro, a economia que fizemos nesse um mês foi absurda (pode colocar na conta uns 6 mil reais, no mínimo).

Se você gostou dessa experiência, pode ter a oportunidade de fazer o mesmo voluntariado, esse é o link da vaga: Intercâmbio Voluntário em uma fazenda de morangos na Coreia do Sul.

Quero muito ter outras oportunidades de voluntariado e já tenho uma lista de favoritos grande no meu aplicativo, vou deixar o link de alguns deles pra vocês darem uma olhada:

• Voluntariar praticando conversação em inglês com coreanos em Busan.
• Voluntariar cuidando de cães de rua na Tailândia.
• Voluntariar produzindo vídeos e fotos no deserto do Marrocos.
• Voluntariar cuidando de animais em Kyoto, Japão.
• Voluntariar organizando festas em um hostel nas Filipinas.

Espero que esse post tenha despertado em você a vontade de explorar o mundo de uma maneira diferente, econômica e mais imersiva. E depois não esquece de me contar como foi o seu voluntariado.

Vai viajar?

Esses links podem ser úteis na sua viagem!

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• Hospedagem: Booking, os melhores sites para procurar hospedagens
• Passeios e atrações: GET YOUR GUIDE, site para reservar passeios pelo mundo todo
• Passeios com guia em português na Tailândia: TAILANDIANDO cupom de desconto: LUPORAI
• Passeios no nordeste: LUCK RECEPTIVO
• Passeios na Serra Gaúcha: BROCKER TURISMO
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