Bariloche: conhecendo o famoso Circuito Chico
Bariloche: aquela cidade em que todos querem visitar no inverno, ver neve e tomar chocolate quente. E se eu te disser que se você for no verão poderá curtir uma paisagem linda, com lagos azuis incríveis, vai poder andar de caiaque e até pegar uma “prainha”? Pois bem, me apaixonei por Bariloche exatamente assim.
Passei uns dias na cidade em fevereiro em uma road trip (veja o roteiro completo AQUI), pleno verão, a cidade marcou temperaturas acima dos 30 graus e céu azul sem nenhuma nuvem. Mas, pelo que ouvi falar, esse clima todo favorável não é muito comum na cidade não. Sorte minha.
E para quem vai pela primeira vez à Bariloche, saiba que o melhor passeio a ser feito é o Circuito Chico, ou seja, Circuito Pequeno. Nada mais é que um circuito de 65 km que passa pelos principais e mais lindos pontos da cidade. E quando digo mais lindos, não estou mentindo não, por ele você encontra paisagens de tirar o fôlego.
CIRCUITO CHICO
O circuito mais famoso de Bariloche, Circuito Chico, começa na avenida Ezequiel Bustillo, próximo ao centro cívico, e vai contornando o lago Nahuel Huapi. Você pode fazer esse circuito por alguma das várias agências de turismo que se encontram no centro de Bariloche, ou por conta própria.
Se optar por agência, o passeio durará cerca de 4 horas e custa cerca de 120 reais. Há também a opção de fazer com veículo próprio (Clique aqui para fazer sua cotação de aluguel de carro). A vantagem da excursão é o guia, é aprender um pouco mais da história e peculiaridades de cada lugar. Já indo por conta própria, o bom é parar onde bem entender e ter flexibilidade de horários.
CERRO CAMPANARIO
O cerro campanário está logo no início do Circuito Chico, de lá do alto tem-se uma vista de 360°, com muitos (muitos) lagos, que se recortam e não que não dá para distinguir se são os mesmos ou não.
A subida no cerro custa aproximadamente 33 reais e a subida é naqueles teleféricos abertos, que são o terror de quem tem medo de altura (mas calma, a subida dura só 7 minutos). A altura do cerro campanario passa dos 1050 metros.
Lá no alto há uma confeitaria e um espaço que vende souvenirs. Imagino que no inverno seja obrigatório tomar um chocolate quente enquanto vislumbra toda a paisagem coberta de neve. É, fiquei com vontade de voltar no inverno sim.
LAGO MORENO
Um pouco mais adentro do Circuito Chico me deparei com um lago lindo, um lugarzinho que transmitia a maior paz, ninguém no lago, montanhas ao fundo… ou seja, aquele lugar que dá vontade de parar e curtir.
Nesse lago há um quiosque com aluguel de caiaques e saídas para mergulho. Gostei tanto do lugar que voltei no dia seguinte para dar uma volta de caiaque. O aluguel de uma hora sai por aproximadamente 25 reais, e é suficiente para curtir um pouco a beleza do lugar.
Logo em frente ao Lago Moreno está a “praia do Moreno sem vento”, isso mesmo, acho que em Bariloche o vento deve ser tão presente que quando se acha um lugar que não venta, eles enfatizam até no nome. A prainha é bem tranquila, aproveitei o dia nela após o caiaque. Mas uma informação importante: a água é congelante.
PONTO PANORAMICO
Aqui é o lugar para parar, olhar e soltar aquela sequência de “uau”, para onde olhar a paisagem será espetacular. Daqui se tem uma vista geral dos lagos e do famoso hotel Llao Llao (de cima dá pra perceber porque ele é famoso). Prepare a câmera porque serão muitas as fotos nessa parada.
Nesse mirante também ficam algumas barraquinhas, com artesanato e comida. Me chamou a atenção uma em que o artesanato era feito em moedas, que se transformavam em pingentes e chaveiros, vale a criatividade. Pra mim, a melhor vista de todo o Circuito Chico.
CERVEJARIA PATAGÔNIA
No km 24.7 do Circuito Chico (km que dá nome a uma de suas cervejas) fica a Cervejaria Patagônia. Simplesmente visite, independentemente de gostar ou não de cerveja, vale o passeio.
A entrada não custa nada e a cervejaria está longe de ser uma fábrica comum dessas que vêm em nossa cabeça quando imaginamos uma. O lugar é todo cheio de verde, florido, com uma decoração bem moderna, vista panorâmica para o lago Moreno e um campo de lúpulo.
Este último foi o que mais achei legal, pois no Brasil não tem um campo desses, ou pelo menos é muito difícil de achar. Um dos cervejeiros do local explicou que, devido ao clima mais tropical do Brasil, lá campos como esse não são fáceis de cultivar.
A cervejaria dispõe de vários ambientes, alguns deles, no dia em que visitei, estavam sendo preparados para eventos privados. Mas o ambiente principal sempre está aberto ao público, um espaço grande, no qual é possível escolher ficar no bar ou na parte externa (vantagem da visita no verão).
Quem gosta do universo cervejeiro e quer conhecer um pouco mais da cervejaria, aos finais de semana é possível fazer uma visita guiada, onde ao final é servido jantar com harmonização de cerveja, custa em torno de 90 reais por pessoa e é bom fazer reservas pra garantir a vaga.
PONTE ARROIO LA ANGOSTURA
Uns quilômetros após a cervejaria está um dos pontos do circuito em que mais me encantei com a cor da água. É a ponte Arroio La Angostura, uma ponte simples e pequena, onde por baixo dela há a passagem do rio, em que é possível acompanhar barquinhos e lanchas.
Muita gente deixa para “pegar uma prainha” nas imediações do lago, logo abaixo da ponte. Mas saiba que a “prainha” é toda de pedras ao invés da areia que nós brasileiros estamos acostumados.
HOTEL Llao Llao
Outro ponto importante no Circuito Chico é o hotel mais famoso (e caro) de Bariloche, o Llao Llao. Com certeza você o verá de diversos pontos, mirantes e cerros da cidade. Sim, ele é grandioso. Alguns tours para o circuito chico incluem no roteiro uma parada para conhecer o hotel. Sinceramente não sei se, diante de tantos lugares lindos no circuito, se parar para conhecer um hotel seria a melhor escolha, mas enfim…
Logo à frente do hotel está o ponto de onde saem barcos de passeio (Perto Panuelo), que visitam ilhas do lago, como Isla Victoria e Puerto Blest. Não fiz esse passeio, mas deve ser muito legal.
Pra chegar em Isla Victoria os barcos levam de 40 minutos à 1:30h, dependendo da embarcação. Lá há um teleférico que te leva ao Cerro Bella Vista. Geralmente é um passeio de meio dia para a ilha. Já o passeio até Puerto Blest é um passeio de um dia. Portanto, se quiser colocar no roteiro, já separe o tempo necessário para essas visitas.
Nessa região do porto há alguns hotéis e pousadas.
O QUE FALTOU VISITAR
Sempre vai faltar algo que não deu para conhecer, mas dizem que esse é o segredo para desejarmos voltar à cidade, e em Bariloche voltaria fácil.
Mas falando especificamente do Circuito Chico, gostaria de ter conhecido a Colônia Suiza: um vilarejo formado por imigrantes suiços, com algumas casinhas, restaurantes e artesanato. Parece ser um daqueles vilarejos saídos de filme, sabe. Acabei não conhecendo pois como estávamos de moto (que não é para trilha, diga-se de passagem) e o acesso não é dos melhores, resolvemos não arriscar.
Também ficaram para trás diversas trilhas que saem da estradinha principal e terminam em algum lado ou praia mais escondida. Mas como são muitas as opções no circuito, você poderá visitá-lo diversas vezes e sempre terá algum lugarzinho a ser descoberto.
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