O que fazer em Sucre, a cidade branca da Bolívia
A Bolívia foi uma viagem surpreendente pra mim. Fiz meu roteiro e parti para a viagem esperando encontrar lugares mais precários, estradas ruins e alguns perrengues. Mas me surpreendi positivamente em todos os sentidos. E com Sucre não foi diferente.
Sucre é conhecida como a capital branca da Bolívia, é a capital constitucional do país e uma das mais altas da América Latina, estando a 2800 metros de altitude. A cidade é Patrimônio da Unesco desde 1991. Falando em altitude, quando planejamos uma viagem à Bolívia, devemos levar em conta a altitude, para não sofremos com o chamado Soroche (o mal da altitude). AQUI você encontra um roteiro pronto para a Bolívia.
COMO CHEGAR EM SUCRE
Sucre fica a 490km de Santa Cruz de la Sierra e a cerca de 690km de La Paz. A cidade conta com 2 aeroportos, um deles fica a cerca de 30km do centro e você consegue chegar pagando 50 bolivianos por uma corrida de taxi.
Os voos para Santa Cruz de La Sierra e La Paz são curtos e geralmente possuem um valor econômico, operados geralmente pela companhia Amaszonas e BOA (clique aqui para pesquisar seu voo).
Também é muito fácil se locomover de ônibus pela Bolívia, você consegue reservar as passagens pelo site Tickets Bolívia ou pessoalmente, com facilidade. Não espere muito conforto nem ônibus novos, mas, com sorte sua viagem pode ser bem confortável.
ONDE SE HOSPEDAR EM SUCRE
Na hora de escolher sua hospedagem, verifique a localização, tente escolher um local próximo ao centro e à praça principal, isso vai facilitar os seus passeios pela cidade.
Eu me hospedei em um hotel simples, mas com uma ótima localização e um bom custo benefício. O nome é Cittadella Hostal, a diária ficou na faixa de 85 reais para o casal em um quarto com banheiro privativo. Achei que valeu a pena.
O QUE FAZER EM SUCRE
– PARQUE DOS DINOSSAUROS
Já imaginou alguma vez na sua vida ver pegadas de Dinossauro de perto? Eu nunca tinha imaginado. Quando soube que em Sucre tinha um Parque de Dinossauros, o Parque Cretácico, achei que fosse um programa sem graça e não pensei em colocar no roteiro. Engano meu, ainda bem que visitei o local.
O parque fica um pouquinho afastado do centro, mas existe um ônibus especial que leva até lá e custa 15 bolivianos ida e volta. A entrada do parque custa 30 bolivianos.
O parque é grande, tem um pequeno museu, várias réplicas de dinossauros e animais pré-históricos, além de um espaço de alimentação.
Mas vamos ao mais interessante: toda a visita é guiada. O tour pode ser feito em espanhol ou em inglês. Começa com um passeio pelos animais pré-históricos e muitas informações interessantes sobre eles, mas a parte mais legal é a visita para observarmos as pegadas.
Nessa hora colocamos os capacetes de segurança e fazemos uma caminhada até uns paredões enormes, é neles que as pegadas estão. E você vai ficar pensando, assim como eu fiquei, em como é que essas pegadas foram parar nesses paredões enormes?
Segundo a explicação, esses paredões eram lagos a 70 milhões de anos atrás, e as pegadas estavam neles. Acontece que em todos esses anos a Terra sofreu diversos abalos sísmicos, o que acabou modificando a configuração do solo. E o que era o fundo de um lago, tornou-se uma montanha.
Tenho que dizer que a visita é muito interessante, com certeza vale a pena. E outra né, quando é que temos oportunidades diferentes como essa hein?
Ah, importante dizer que na visita caminha-se bastante, tem subidas e descidas. Considerando que Sucre fica a uma altitude que já pode causar um certo desconforto em algumas pessoas, é bom pensar a respeito.
– CONVENTO SAN FELIPE NERI
Visita obrigatória para quem passa por Sucre. O Convento San Felipe Neri é um dos cartões postais da cidade e a visita guiada é possível de ser realizada e custa 20 bolivianos.
O Convento foi construído no século XVII, com o intuito de mostrar o poder da igreja. É uma construção majestosa, no qual o branco da construção contrasta com os azulejos alaranjados que vieram da Espanha.
Durante a visita, a guia nos dá algumas informações, nada de muito aprofundado. A parte alta da visita é caminhar no terraço do Convento. Mas tenha cuidado, pois em vários locais o terreno é todo em desnível, o que torna a arquitetura do local ainda mais interessante.
Aproveite a vista de Sucre do alto do Convento e aprecie as torres construídas no terraço, de lá saem fotos lindas.
– MIRADOR DE LA RECOLETA
O mirador fica na parte mais alta da cidade, onde a mesma foi fundada. O mirador não fica longe do centro, eu fui a pé, mas a subida é bem íngreme. Se por acaso você estiver sofrendo com dores de cabeça ou algum sintoma pelo mal da altitude, é melhor considerar pegar um taxi.
Além da vista da cidade, o Mirador é um passeio muito legal porque, nele, ainda você encontra uma feirinha, um café e lanchonete com um ambiente bem agradável, além de observar o cotidiano da cidade. Os bolivianos adoram uma praça.
Do ladinho do Mirador está o Museu de Arte Indígena, a entrada custa 22 bolivianos, mas acabei não o visitando.
– MERCADO PÚBLICO
Pra mim é indispensável conhecer os mercados públicos dos locais em que visito. É a melhor maneira de entender a gastronomia e cultura de um povo. E o mercado de Sucre é muito frequentado pelos locais.
O mercado é relativamente grande, dividido por setores e com área de praça de alimentação no piso superior. Não espere nada muito bonito, é bem simples e meio bagunçado, mas na minha opinião é isso que torna a visita interessante.
Prove os diferentes milhos bolivianos e os diferentes cereais que vendem a granel para serem consumidos na hora, mas não me pergunte o nome dos alimentos, não consegui decorar nenhum deles. Ah, se quiser também prove o famoso chá de coca, de quebra ele já te ajuda na dor de cabeça pela altitude da cidade.
– PROVAR COMIDAS TÍPICAS
No geral as comidas bolivianas são simples, com cara de comida caseira, e tem um preço convidativo.
Comece pelas famosas empanadas salteñas, um tipo de pastel assado, elas são vendidas em todos os lugares e tem opções com diversos recheios.
Muito consumido também é o milho boliviano, que muitas vezes é vendido como comida de rua, em saquinhos. Ainda sobre o milho, experimente a Humintas, muito parecida com a nossa pamonha, feita com o milho branco deles.
Em Sucre também provei o Tojori, uma bebida quente e doce feita com milho moído, farinha e leite. Pode-se dizer que lembra a nossa canjica. Não achei ruim, mas também não tenho vontade de provar novamente.
Há também alguns produtos que tem coca na composição, eu experimentei o chocolate com coca (na verdade não senti diferença do chocolate comum), também muito comum na região é o chá de coca (particularmente achei ruim, mas diz que ajuda no mal da altitude) e a própria folha de coca (a pior de todas na minha opinião, gosto de mato).
Claro que existem diversos outros pratos típicos, mas esses foram os que provei pela região, lembrando que, como sou vegetariana, dispenso os pratos que contém carne.
CONSIDERE A BOLÍVIA
Gostou de saber um pouco mais sobre Sucre?
O que percebo é que nós, brasileiros, ainda temos uma certa resistência a viajar para a Bolívia. Com estes posts gostaria de incentivar o turismo pra esse país com uma cultura tão rica e tão perto de nós. Se você gostou, está na hora de começar a pesquisar sua viagem, começe AQUI pesquisando os voos para a Bolívia.
E depois me conta o que achou de lá.
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