Volta ao Mundo: Principais custos

Uma volta ao mundo é o sonho de muitos, mas assim que imaginamos a viagem, a primeira questão que nos vem à mente são os custos.

E sim, o planejamento financeiro para uma viagem dessas é muito importante, não vou fazer aquele discurso bonito de que “vamos largar tudo” para viajar, porque a realidade é que faz muito tempo que nos planejamos.

De maneira direta, vou elencar os principais gastos de uma viagem assim e como você pode fazer para pesquisar e economizar. Dessa maneira, se você é uma dessas pessoas que sonha em viajar o mundo, pode começar a se planejar.

Leia também: Uma Volta ao Mundo e uma viagem interior

1 – PASSAGEM AÉREA

Não tem como fugir, se sua intenção é viajar para outro continente, esse será um gasto considerável. Além de considerar a passagem de ida, pense em seu roteiro, nos países que quer conhecer e lembre-se das passagens internas que virão ao longo da viagem.

E, claro, nunca se esqueça de contabilizar a passagem de volta. É bom controlar o financeiro para não passar aperto no final da viagem.

DICA: Existem várias maneiras de economizar em passagens aéreas. Se você tiver milhas, é uma boa hora para utilizá-las, mas mesmo sem milhas podemos pagar valores melhores.

Pense sempre em sair e chegar por cidades que recebem muitos voos (hubs), um exemplo, se você quer ir para a Eslovênia, considere pegar um voo para algum hub da Europa (Roma, por exemplo), e de lá ir até a Eslovênia. Essa quebra da passagem pode te proporcionar uma economia enorme.

Existem buscadores muito eficientes para encontrarmos passagens aéreas com preços competitivos, como o VAI DE PROMO, sempre cote e faça a comparação com ele.

2 – HOSPEDAGENS

As hospedagens já são um gasto considerável em uma viagem curta, agora imagina em uma viagem de seis meses, um ano ou até mais? Como na rua é que não dá pra dormir, então o jeito é procurarmos alternativas.

Hoje em dia existem sites legais que já fazem um comparativo de diversas opções de hospedagem, englobando o booking, airbnb e outros (como o site Cozy Cozy e o Trivago). Para pesquisar, são uma boa opção, pois muitas vezes o mesmo estabelecimento está com preço diferente.

Em estadias mais longas, o airbnb pode ser uma boa opção, muitas vezes você pode conseguir um bom desconto entrando em contato com o anfitrião.

Uma opção que eu acho ótima para quem deseja economizar são os hostels. E se você nunca se hospedou em um, sugiro que faça. Existe uma infinidade de hostels incríveis pelo mundo. Ficar hospedado em quartos compartilhados pode fazer uma diferença grande em seu gasto.

E se você acha que um quarto compartilhado não te dará nenhuma privacidade, pode estar pensando errado. Muitas das camas tem cortinas, e ao fechar, você estará ali no seu cantinho, com tomada, luz e tranquilidade.

DICA: nas viagens em casal, nem sempre o hostel acaba sendo a melhor opção, pois duas camas em quarto compartilhado ou até um quarto privativo muitas vezes equivalem ao preço de um hotel. E aí vai do gosto do viajante, eu por exemplo, adoro o clima de hostel.

Você pode gostar: Train Lodge: O trem que é um hostel e Bruges: o melhor hostel para se hospedar

HOSPEDAGEM DE GRAÇA

Existem maneiras de viajar e não pagar por hospedagem. Isso mesmo, você não leu errado não. Vou te mostrar duas formas de conseguir se hospedar de graça.

Uma delas é o couchsurfing, que é uma plataforma que conecta viajantes e anfitriões que estão dispostos a receber estes viajantes em suas casas sem cobrar por isso. E fazem simplesmente para conhecer pessoas diferentes e ter essa troca cultural que é tão rica.

Outra plataforma, que eu acho o máximo é a Worldpackers, uma plataforma de voluntariado, onde você troca horas de alguma habilidade sua por hospedagens e outros benefícios. Assim, além da hospedagem, existe também troca cultural e aprendizagem.

As vagas de voluntariado da Worldpackers são as mais variadas possíveis, existem vagas em hostels, em fazendas, em ong´s, escolas… com certeza com alguma você irá se identificar. Veja as vagas de voluntariado aqui.

Se você ficou curioso, entra no site deles e dá uma olhada, são vagas em mais de 140 países, e ainda com o código LUPORAI você ganha 10 dólares de desconto na assinatura, que é anual.

3 – TRANSPORTES

Para economizar em transportes, pesquise sempre as melhores opções de cada país. Tente sempre abusar do transporte público e descubra qual é o melhor aplicativo de mobilidade do local.

Caminhar sempre é uma boa opção para conhecer as cidades, quem sabe alugar uma bicicleta também. existem diversas opções para fugir do tradicional e superfaturado taxi.

Para ir de uma cidade à outra, pesquise trens, ônibus e pergunte aos locais, eles são as melhores pessoas para ajudar.

4 – ALIMENTAÇÃO

Uma coisa é certa, em uma viagem longa infelizmente as refeições em restaurantes conhecidos e recomendados ficam cada vez mais espaçados. A alimentação é um gasto necessário e diário, e por isso, se não for pensada pode comprometer seu orçamento.

E qual é o segredo? Frequentar o supermercado é sempre uma boa saída. Muitos hostels disponibilizam cozinha equipada para os hóspedes, use isso a seu favor.

Outra escolha que te faz economizar e ao mesmo tempo conhecer mais a culinária local é se jogar nas comidas de rua. Muitos países têm uma cultura muito forte de comida de rua, com excelentes opções, além de econômicas.

5 – PASSEIOS

Esse é outro item que muda muito em uma volta ao mundo e uma viagem de férias. Em férias queremos fazer todos os passeios e aproveitar todos os dias. Em uma viagem longa isso nos levaria à falência.

O ideal é fazer uma lista com os passeios que não podem sair da lista, para focar no que realmente irá importar. Tente sempre negociar a compra dos passeios e verificar se há dias ou horários específicos em que possa haver descontos.

O site Civitatis mostra opções de passeios no mundo todo, e com preços interessantes.

DICA: quase no mundo todo há dias específicos com entradas em museus gratuitas, tente se informar. Outra dica excelente são os Free Walking Tours, que são tours a pé sem preço tabelado. Ao final do tour você deixa uma contribuição de acordo com o que achar justo e de acordo com o seu bolso.

6 – FINANCEIRO

Como levar dinheiro para uma volta ao mundo? Além de ser uma dúvida de muitos viajantes, é um assunto que deve ser levado em conta para não jogarmos dinheiro fora.

Digo isso porque por muitas vezes trocava o dinheiro no Brasil em casas de câmbio, aí chegando em países diferentes trocava novamente para a moeda do local, e a cada troca perdia muito.

Primeiro que ao trocar seu dinheiro em casas de câmbio nós pagamos a cotação do dólar turismo, que é muito mais caro que o dólar comercial. E a cada nova troca por outra moeda, o dinheiro vai diminuindo.

E qual a recomendação? Hoje eu uso uma conta global, a Nomad. Vou adicionando dinheiro na conta e lá mesmo converto em dólares (detalhe, na cotação comercial). E é o cartão da própria Nomad que uso no exterior.

O cartão converte automaticamente os dólares em outras moedas quando estamos em outros países, podendo ser utilizado em mais de cem países. Se você quiser abrir sua conta, aproveite e use o cupom LUPORAI para ganhar dólares de cashback.

Leia também: A melhor maneira de levar dinheiro para o Exterior

7 – SEGURO VIAGEM

O seguro é uma valor que você já deve contabilizar e que você não tem como fugir. E nem pense em viajar sem ele, ou sua viagem poderá se transformar em um pesadelo.

O custo do seguro viagem para uma viagem curta acaba sendo algo que não faz muita diferença no cálculo. Mas, para uma viagem de volta ao mundo ou de vários meses, o valor fica considerável e deve sim ser provisionado logo no início do planejamento.

Vale lembrar que em muitos países o seguro é obrigatório, se o agente de imigração pedir e você não tiver contratado, sua entrada no país pode ser barrada.

O seguro que uso e que usarei durante a minha viagem será o da Real Seguros, rapidinho dá pra contratar pelo próprio site.

Leia aqui: Como escolher seu seguro viagem

8 – OUTROS GASTOS

Como vemos, existe uma infinidade de gastos para uma viagem como essa, mas alguns são importantes comentar.

Um gasto que considero importante é o de internet. Hoje em dia nosso celular conectado vai muito além do luxo. Uma conexão com internet nos permite pesquisar locais, usar o GPS, o tradutor, pedir um transporte por aplicativo, e outras muitas funções importantes.

Eu sempre uso e recomendo o chip da O Meu Chip, usei ele em muitos países e sempre funcionou perfeitamente. E agora ainda tem a opção do chip virtual. Cote aqui o seu chip de internet.

Um investimento que também deve ser colocado no cálculo, caso você ainda não possua, é uma boa mala/mochila. Eu uso uma mochila de 60 litros, é com ela que irei viajar, e uma mochila de qualidade não é muito barata não.

Um lado bom para a economia nas viagens é o fato de não podermos ficar comprando tudo o que vemos pela frente. Lembrancinhas, souvenirs e afins que vira e mexe fazem parte das viagens, aqui têm que ficar de fora.

O espaço das bagagens é restrito e tudo o que for adquirido terá que ser carregado durante todo o tempo, já pensou nisso?

Aliás, viajar leve também é uma forma de economia. Em muitas companhias low cost de fora do país, você pode voar com apenas 7 kg de bagagem. E o valor para bagagem adicional muitas vezes acaba sendo o valor da própria passagem. Sempre verifiquem isso antes de comprar a passagem

PLANEJAMENTO

Uma viagem de volta ao mundo, um ano sabático, uma viagem longa… seja como você denominar sua viagem, necessita de planejamento financeiro.

Muitos gastos conseguimos prever com mais precisão, mas não queira já saber certinho o quanto irá custar, ou querer planejar tudo, porque flexibilidade é algo que uma viagem dessas precisa ter também.

Eu tenho um valor em mente como meta para um ano, não sei se conseguirei cumprir, não sei se o valor será mais alto ou se talvez consiga adaptar um estilo mais econômico e gastar menos. E é assim que funciona.

Vou aprendendo com a estrada, e vou compartilhando meus aprendizados por aqui.

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