Maragogi – O Caribe brasileiro

Acho que todos já ouviram falar em Maragogi, não é? O chamado Caribe Brasileiro. Se você ainda sabe pouco sobre o destino, vou explicar aqui e também dar aquelas dicas e opiniões sinceras. Bora lá? 

Um pouco sobre Maragogi 

Maragogi é uma cidade do estado de Alagoas, fica a cerca de 120km da capital Maceió e cerca de 130km de Recife (em ambas as cidades você consegue contratar passeios de um dia). Maragogi tem 24 mil habitantes e 9 praias, somando 22km de litoral.  

É um dos destinos mais conhecidos e procurados do Nordeste, isso por fazer parte da costa dos corais, uma área de proteção ambiental de cerca de 120 km ao longo da costa, e é justamente a barreira de corais que faz Maragogi ser tão famosa.  

Mas, o que são os corais? Corais são uma classe de animais, as quais possuem um exoesqueleto feito de calcário, e eles vivem unidos, em colônias. Com o tempo, esses animais vão morrendo, e então outros, vivos, passam a vi ver ali também, e isso vai formando colônias cada vez maiores. Colônias maiores são chamadas de recifes, e, quando ainda maiores, formam uma barreira de corais. 

Maragogi – a segunda maior barreira de corais do mundo 

Maragogi tem sua fama pelas piscinas naturais, mas você sabia que é lá que está uma das maiores barreiras de corais do mundo? Mais precisamente a segunda.  

Maragogi só perde para a barreira de corais da Austrália, que tem incríveis 2700 km de comprimento por cerca de 700 km de largura e é uma das 7 maravilhas naturais do mundo.  

Em seguida vem Maragogi, na famosa Costa dos Corais, que abrange mais de 130km de litoral. Depois de Maragogi, a próxima maior barreira de corais do mundo é o Recife Mesoamericano, que fica entre Belize, Honduras, Guatemala e México. Por fim, temos os recifes de corais do mar vermelho, localizado no Oriente Médio, próximo à Israel e Egito. 

Quando visitar Maragogi

Maragogi pode ser visitado durante todo o ano, você terá temperaturas agradáveis durante o ano todo, porém a estação mais seca é mais aconselhável. Os meses mais secos vão de outubro a janeiro. No período chuvoso, além do clima poder atrapalhar um pouco os passeios, a água do mar pode não estar tão cristalina. 

Além do clima, outro fator que interfere na beleza dos passeios é a tábua de marés, o ideal é fazer os passeios para as piscinas naturais na maré baixa. Geralmente os guias, receptivos e pousadas já se atentam sobre isso e saberão te indicar os melhores dias e horários para seu passeio. 

Bom E você sabia que até a lua interfere nas marés? Sendo assim, você já consegue ter uma ideia de quando planejar sua ida à Maragogi. As luas ideais são a lua cheia e lua nova. 

Como conhecer Maragogi 

Para visitar Maragogi você pode escolher se hospedar no local ou apenas fazer um bate e volta, que é fácil de encontrar a partir de Maceió, Recife e Porto de Galinhas, por exemplo. Eu estava hospedada em Porto de Galinhas e a minha escolha foi pelo passeio de um dia com a Luck Receptivo. Se você também pretende ir à porto de Galinhas, CLICA AQUI e não deixe de ler o post sobre lá.

O passeio custa na faixa de R$100 e inclui transporte, guia e day use no beach club que serve como ponto de apoio ao passeio. O tour começa cedinho, logo pela manhã, e o horário de saída varia conforme a tábua de marés, tem passeios que saem por volta das 5 horas da manhã. 

Durante o trajeto, pouco mais de uma hora, o guia já vai nos falando sobre a região, sobre Maragogi, tirando dúvidas e explicando sobre os opcionais que encontraremos chegando ao destino. 

O nosso ponto de apoio foi o Beach Club Pontal do Maragogi, que fica na praia de Barra Grande. O day use já está incluso para quem vai com a Luck Receptivo. A estrutura do local é incrível. Lá tem restaurante, piscina, bar, lojinhas diversas, guarda volume, redes, estrutura de praia, enfim… tudo o que precisamos para passar o dia. 

Mas é claro que ninguém vai até Maragogi e não visita as piscinas naturais, não é mesmo? Então, logo na chegada já indico fazer a reserva do passeio até as piscinas, até porque a quantidade de visitantes nelas é limitada, são no máximo 720 pessoas por dia. 

Para as piscinas naturais há a opção do catamarã, que é o clássico, e custa R$100 por pessoa. O catamarã sai da frente do beach club, vai até as piscinas, lá fica tempo suficiente para aproveitar, e depois retorna. 

Outra opção para as piscinas naturais é a lancha, custa R$180 e a diferença é que, além de ir para as piscinas, também visita o Caminho de Moisés e a Praia de Antunes. A minha escolha foi pelo passeio de lancha, por ser mais reservado e também porque o Caminho de Moisés estava em meus planos. 

O passeio para as piscinas naturais 

O embarque é logo em frente ao ponto de apoio, dependendo da maré é possível que você tenha que entrar um pouco mais no mar, tenha cuidado com seus pertences, para não molhar. O catamarã vai direto para as piscinas. A lancha foi primeiro até o caminho de Moisés.

Caminho de Moisés

Pra quem não sabe, Caminho de Moisés é nada mais que um banco de areia, que na maré baixa forma um corredor de areia que começa na praia e vai mar adentro. Isso acontece na praia de Barra Grande e foi nossa primeira parada da lancha. 

No caminho de Moisés ficamos um tempo para aproveitar o local. Ao longo do caminho, mar adentro, há barquinhos que servem como bares e vendem bebidas e espetinhos, há também redes e balanços para fotos (são pagos), gente oferecendo volta de jet ski (R$175 por 15 minutos) e muita gente transitando. 

É, não vá até lá com aquela imagem da internet, do lugar paradisíaco e vazio. O caminho está cada vez mais conhecido e procurado pelos turistas. Mesmo assim achei legal a experiencia de ver um corredor de areia entrando pelo mar. Porém, achei que me surpreenderia mais.

Piscinas naturais de Maragogi

Do caminho de Moisés vamos às tão esperadas piscinas naturais. Nem dá tempo de curtir o passeio de lancha, pois é bem perto do caminho de moisés. As piscinas naturais são locais, no meio do mar, onde, na maré baixa, formam piscinas rasas. A maré tá em constante movimento, então é possível que quando você chegue, ou saia, ela esteja mais alta. 

Foi minha segunda visita à Maragogi, desta vez o tempo não colaborou muito pois estava nublado (e isso acaba interferindo muito na beleza do local). Mesmo assim, é muito legal a experiência de estar no meio do mar e andar com água abaixo dos joelhos. Lá facilmente vemos vários peixinhos também. Quem quiser pode optar por alugar máscaras de snorkel (R$20), não acho necessário, pois lá já é bem raso. Há também o opcional de mergulho com cilindro, que custa cerca de R$120. 

Essas piscinas naturais são as de Barra Grande, há mais dois pontos nos quais lanchas e catamarãs visitam, porém, ouvi falar que essas são as mais rasas. Preciso dizer aqui que acho Maragogi lindíssimo, mas não são minhas piscinas naturais favoritas. Acredito que pela extensão delas elas ganharam essa fama de Caribe Brasileiro, porém, já visitei outras menores, mais vazias e que achei ser mais bonitas. Mas Maragogi, todos tem que visitar, isso é fato, até mesmo pra poder formar sua opinião.

Praia de Antunes

Das piscinas naturais vamos rumo à última parada que a lancha faz, que é na praia de Antunes, fica entre a praia de Barra Grande e Xaréu. Lá é uma parada de cerca de meia hora, pra conhecer e tirar algumas fotos. Falando em fotos, a Praia de Antunes é conhecida por ter um coqueiro bem inclinado. Nele os turistas fazem fila pra tirar foto (sim, tinha fila) e postar nas redes, o que aumenta cada vez mais a fama da praia. Nessa parada fiquei curtindo uma música na lancha mesmo e admirando a praia de alto mar. 

Finalizado o passeio, voltamos ao beach club para aproveitar o restante do dia. Para quem quiser, ainda há a opção de fazer um passeio de buggy, que custa R$60 e vai até o caminho de Moisés e até a praia de Antunes 

Dicas de Maragogi 

Se você quiser ter aquelas fotos famosas com peixinhos, sempre há fotógrafos em Maragogi, aqui vai uma dica de ouro: pesquise antes ou peça para ver algumas fotos do fotógrafo que te oferecer os serviços, não faça como eu fiz. No meu caso havia um rapaz na lancha que também era fotógrafo e cobrava R$100 para entregar 30 fotos, fotos muito legais ele nos mostrou.

Não fechei com ele. Acabei fazendo as fotos com um fotógrafo que estava na água e me fez por R$40. Adivinha o que aconteceu? Recebi fotos escuras, embaçadas, algumas com muitos peixes na frente, outras sem nenhum… um desastre total. Bom, pelo menos pra dar umas boas risadas quando abri as fotos adiantou. 

Eu fiz o passeio de lancha (R$180). Achei que pela diferença grande de preço em relação ao catamarã não valeu a pena. Hoje faria diferente: combinaria o passeio de catamarã (R$100) ao passeio de Buggy (R$60), além de ficar um pouco mais barato, dá para mesclar o estilo dos passeios. 

E pra ver um pouco de como foi essa e outras viagens, e também ficar por dentro de muitas dicas de viagem, é só me seguir no instagram: @lu_por_ai. 

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