O que fazer em Paraty – RJ
Paraty é um destino que deve estar na lista de todo viajante. É um daqueles lugares que a gente quer guardar cada cantinho na memória para sempre, de tão encantador. Paraty fica no litoral sul do estado, a 258km do Rio de Janeiro, e de lá saem ônibus regulares. E se você ainda não conhece ou não sabe muito sobre a cidade, esse post vai te fazer querer viajar para lá o quanto antes.
CENTRO HISTÓRICO
A principal atração da cidade é o seu centro histórico, que é delimitado por correntes, sendo que nele não há fluxo de veículos (apenas charretes). O centro histórico é considerado pela Unesco como o conjunto arquitetônico colonial mais harmonioso, e é tombado pelo IPHAN, sendo candidato a Patrimônio da Humanidade.
O calçamento da cidade é todo feito de pedras irregulares, ou seja, nem pense em levar sapato com salto para a viagem. Esse calçamento é chamado “pé de moleque”, e data do período colonial, quando os navios que vinham de Portugal não poderiam vir vazios, então eles eram enchidos de pedras, e essas pedras eram descarregadas no Brasil. E assim surgiram as famosas ruas de Paraty.
Uma curiosidade sobre Paraty é que ela está praticamente no mesmo nível do mar, então quando a maré está cheia (principalmente quando é lua cheia) as ruas alagam, mas o que deveria ser um transtorno, torna-se uma paisagem linda. Infelizmente nos dias em que estive lá isso não ocorreu.
Além do centro histórico, Paraty ainda possui praias e ilhas incríveis, boa gastronomia e alambiques de cachaça muito tradicionais. Bom, agora vamos saber o que não devemos deixar de fora em uma visita à Paraty?
FREE WALKING TOUR
Uma maneira muito legal de conhecer o centro histórico e saber mais de toda história e curiosidades do local é fazendo o Free Walking Tour. É um tour, a pé, com um guia que vai mostrando os principais pontos da cidade e explicando sua história. Esse formato de tour é muito conhecido no mundo todo.
Em Paraty há dois horários, 10:30, em português, e 17:00 em inglês. Sim, em inglês, Paraty recebe muitos estrangeiros e é muito comum ouvirmos línguas variadas durante os passeios. O tour não tem preço tabelado, ao final das duas horas você dá a contribuição que acha justo.
A guia do meu tour foi a Gabriela, que explicou tudo sobre a história da cidade e os pontos turísticos de uma maneira muito gostosa de acompanhar. Depois do tour a vontade de passar mais tempo na cidade e absorver cada pedacinho dela aumenta. Eu recomendo fazer o tour logo no primeiro dia, pois assim já terá uma visão geral de tudo e os dias seguintes se tornarão mais interessantes. O ponto de encontro é sempre em frente à igreja matriz.
ALAMBIQUES
Se tem uma bebida que define Paraty é a cachaça. Acredita-se que a bebida começou a ser produzida por meados de 1600 na cidade, tá explicado o porquê agora né? Hoje a cidade conta com 7 alambiques, mas já chegou a ter mais de 100 na antiguidade. E, claro que fui conhecer um deles para aprender um pouco mais sobre a bebida.
Visitei o alambique Paratiana, que conta com diversas cachaças premiadas. Lá no alambique, (que por sinal é maravilhoso, tem até uma área verde com cachoeira), é possível, além da degustação, fazer a visita guiada, que é gratuita.
Quem nos guiou pelo alambique, explicando tudo, foi Gabriela, que trabalha lá e entende tudo de cachaça, nos deu uma verdadeira aula sobre a bebida. E, digo para vocês, essa aula nos deixa com mais vontade de ir para a parte da degustação.
E a parte mais esperada é a da degustação, nos é apresentada as bebidas, e além de falar sobre cada uma delas ainda nos ensinam a beber a cachaça, isso mesmo, tem toda uma maneira para se degustar. Basicamente você não pode engolir a bebida e respirar ao mesmo tempo, dessa maneira ela “desce mais suave”.
O carro chefe do alambique e de Paraty é a Cachaça Gabriela, é um composto de cachaça com cravo e canela. Essa bebida é utilizada para um drink bem popular em Paraty: o Jorge Amado, que ainda leva maracujá e limão. Imperdível.
FORTE DE PARATY:
Com uma pequena caminhada e uma leve subida chega-se no forte de Paraty, o caminho é cercado de mata, bem agradável de ser feito. Quando cheguei lá em cima o museu já estava fechado, mas dá para visitar o local onde estão os canhões e que também tem uma vista bonita para a baía de Paraty.
O museu foi construído em 1793, com o intuito de proteger o escoamento do ouro pela estrada real. Na década de 70 que ele foi aberto à visitação, que é gratuita.
SAMBA DA BENÇÃO:
Toda segunda feira, das 20:00 às 23:00h na praça em frente à igreja matriz há uma roda de samba, chamada Samba da Benção, considerada uma das melhores rodas de samba do Brasil. A roda conta com músicos locais e sempre está aberta a convidados, os músicos vão se revezando no vocal e instrumentos.
A praça fica lotada e o clima é bem animado. Paraty têm muitos visitantes estrangeiros, e eles ficam enlouquecidos com o samba. Não tenho dúvidas de que realmente é uma das melhores do Brasil. Ah, o samba é na praça, aberto ao público, e os músicos sempre passam o chapéu para contribuição espontânea, o que ajuda a manter o movimento e os instrumentos em dia.
ONDE COMER:
Uma recomendação de restaurante? Casa Coupé. Fui jantar lá e simplesmente adorei tudo, desde a comida, os drinks, até o atendimento, que é excepcional. O restaurante fica na melhor localização do centro histórico e existe desde 1952, funciona como bar e restaurante e sempre tem música ao vivo.
Foi lá que experimentei o tão falado Jorge Amado: drink que leva a cachaça Gabriela, maracujá e limão. Quem for à Paraty tem o dever de tomar esse drink, e o da Casa Coupé é especialmente delicioso.
A casa trabalha com um cardápio bem completo, com comidas de boteco, sanduíches, saladas, sopas, até pratos elaborados. Sem falar nas sobremesas (aqui eu recomento a Banana Jack) e no balcão de sorvetes artesanais. Ou seja, o ambiente é ideal para aquele chopinho com um petisco, tanto quanto para um jantar especial.
PASSEIO DE LANCHA:
Fiz o passeio com a Lancha Mazu, e foi tão legal que merece um post só para ele, CLICA AQUI e confere como foi.
O QUE FALTOU FAZER:
Fiquei apenas três dias na cidade, o que é pouco, pois um dos dias foi exclusivamente para curtir o centro histórico. Faltou conhecer Trindade, uma praia bem conhecida e recomendada que fica a alguns quilômetros do centro histórico, cheia de prainhas e trilhas. Mas, dizem que sempre temos que ter algum motivo para voltar, não é não.
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